Crocheteira
Gildelice
Negra, 58 anos, natural de Cabaceiras do Paraguaçú,, chegou em Valéria há 38 anos e atualmente mora na região do DERBA.
E essa foi a primeira peça de Alane em seu novo “projeto 2020”. Vinda de uma família de mulheres do século XXII, visionárias, com bisavó costurando a mão, avó, mãe, tias e irmã, todas com dons voltados ao artesanato, não foi diferente com ela. Começou pelo fuxico, crochê, depois tomou coragem e comprou linha e agulha. Pensou, pensou, assistiu vídeos e fez
a primeira peça de tricô a mão. Deu presente, praticou bastante e após encorajada por uma amiga, deslanchou e começou atender pedidos. Percebendo que suas mãos não eram suficientes para a produção, buscou informação e adquiriu máquinas usadas e, novamente ciente de sua capacidade aprendeu, a utilizá-las apenas ela, os manuais e uma ajudinha do digital.

Sua mãe sempre dizia que o conhecimento não deveria ficar só conosco.
Gildelice começou no artesanato com 09 anos em Cabaceiras do Paraguaçu, porém sua paixão sempre foi o crochê. Aos 11 anos conseguiu aprender com uma vizinha que sabia o ofício. Sempre esperta, via uma peça, pedia emprestado e praticava com barbante. Sua mãe sempre dizia que o conhecimento não deveria ficar conosco, com isso tornou-se professora de crochê na casa das Irmãs Ancilas do Menino Jesus, já casada, em Valéria, e está há
15 anos. Adora ensinar e se guia pelos desejos das alunas, pela tendência do momento. Já formou algumas meninas e mães, pois o público alvo mudou.
Gildelice trabalha fora de casa, mas não deixa seu artesanato e faz várias encomendas. Ela fala que a arte nos cura de muitos males, é ocupação financeira, alivia a mente, a depressão. Para ela o crochê é desestressante.


Dona Gildelice fala de seu começo no artesanato e no crochê
FONTE: Arquivo Artesãs de Valéria
Dona Gildelice fala de seu voluntariado
FONTE: Arquivo Artesãs de Valéria
TEXTO: Rosane Rodrigues
CONHEÇA O TRABALHO DE GILDELICE:



