Costureira

Eliana

Natural de Castro Alves, tem 74 anos, chegou em Valéria há 44 anos e atualmente mora na Rua Paulo Gonçalves.

E essa foi a primeira peça de Alane em seu novo “projeto 2020”. Vinda de uma família de mulheres do século XXII, visionárias, com bisavó costurando a mão, avó, mãe, tias e irmã, todas com dons voltados ao artesanato, não foi diferente com ela. Começou pelo fuxico, crochê, depois tomou coragem e comprou linha e agulha. Pensou, pensou, assistiu vídeos e fez

a primeira peça de tricô a mão. Deu presente, praticou bastante e após encorajada por uma amiga, deslanchou e começou atender pedidos. Percebendo que suas mãos não eram suficientes para a produção, buscou informação e adquiriu máquinas usadas e, novamente ciente de sua capacidade aprendeu, a utilizá-las apenas ela, os manuais e uma ajudinha do digital.

"Eu gosto muito de costurar, gente. Costurar é tudo pra mim."

Maria, nascida em Castro Alves, conhecida sempre por Eliana, foi para o curso de corte e costura aos 14 anos quando sua mãe reconheceu seu talento. Eliana dizia que queria estudar, seu sonho era estudar, tanto que concluiu seu ensino médio com 63 anos em Valéria. Casou-se aos 19 anos, morou em várias cidades no interior da Bahia, vindo parar aqui no bairro com seus três filhos. Desde a época do curso sempre costurou e costura até hoje.

Ajudou muito na educação dos seus filhos. Já costurou para pronta entrega, porém seu ponto forte são suas freguesas, ali é uma terapia, papos bons. Eliana costura com capricho, cria seus moldes, gosta de tirar várias provas, costura com gosto. Costura ainda com 74 anos para muitas pessoas da família. Ela sempre fala com todos: “Eu gosto muito de costurar gente, costurar é tudo para mim.”.